Vista do Maxi

Vista do Maxi

sábado, 14 de xaneiro de 2017

A finca do Maxi: umha pontualizaçom e várias perguntas


Em datas recentes, a entidade que presido, Santa Cruz Aberta ao Mar, publicou um comunicado criticando o facto de que o Presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Ángel Garcia Seoane, chamasse aos corunheses a mobilizar-se polos terrenos da Solana, que a Autoridade Portuária pretende subastar, entrando numha clara contradiçom com a sua atitude no concelho que ele governa a respeito da parcela do Maxi em Santa Cruz. A raíz do comunicado, fum entrevistado polo rotativo La Opinión de A Coruña, e nessa breve entrevista manifestei que haveria resposta às declaraçons de García Seoane (em realidade o comunicado já pretende ser umha resposta) mas que ainda teriamos que estudar quais seriam as iniciativas a tomar (pronto se conhecerám essas novas açons)

A contra-réplica do Presidente da Câmara chegou desde a Cadena Ser, em forma de insulto; insultos contra mim absolutamente injustificados e desproporcionados e insultos e desprezo contra a nossa associaçom.

Nom há maior desprezo do que a negaçom, o problema é que por muito que o senhor García Seoane negue a existência de Santa Cruz Aberta ao Mar, sabe que a associaçom existe legalmente, e que muito antes de que existisse como tal já existia a plataforma com o mesmo nome. Dizer que Santa Cruz Aberta ao Mar a inventei eu é simplesmente mentira, as origens de Santa Cruz Aberta ao Mar remontam-se a umha assembleia aberta celebrada no terreno do Maxi. A minha incorporaçom foi bastante posterior a aquela assembleia.

Que quem somos? Pois depende...o núcleo duro da associaçom é com certeza um número reduzido de pessoas, a corrente de opiniom que representamos é bastante mais ampla e nela haveria que incluir como mínimo a todas as pessoas que assinarom quando recabávamos apoios contra o hotel, além de todas as pessoas que nom o fixerom por medo a possíveis repressálias.

Das parvoíces que di García Seoane a respeito do que reivindicamos, todas essas incongruências e infúndios, nada que comentar já, porque repetir-se é umha perda de tempo. As hemerotecas contenhem informaçom bastante esclarecedora sobre essa questom.

Perguntas que García Seoane nunca responderá

Seguimos sem ter resposta para muitos interrogantes que se abrem a esta altura dos acontecimentos. A primeira é porquê nunca o Presidente da Câmara Municipal quixo falar com Santa Cruz Aberta ao Mar. Como associaçom legalmente constituida e personada no expediente do Maxi representando interesses legítimos, temos direito a audiência. Dar-nos audiência nom compromete a nada; nem a dar-nos a razom, nem a acceder a umha soa das nossas reivindicaçons e, além disso, é umha oportunidade para demostrar-nos que ele tem razom (a nom ser que nom a tenha)

Em todo caso, se tam poderosas e incontestáveis razons lhe assistem para nom modificar a sua postura, porquê cada vez que lhe mencionam o tema perde os papeis e responde insultando? Quê há de inconfessável em todo este assunto? O que nos leva ao que já manifestei na entrevista que me fixerom em La Opinión: invoca-se à mobilizaçom popular na Corunha polos terrenos da Solana e em Oleiros difama-se e insulta-se a toda umha corrente de opiniom formada por centos de pessoas que discrepa pola ubicaçom de um hotel. Algumha cousa nom encaixa nisto tudo...

O que temos absolutamente claro em Santa Cruz Aberta ao Mar é que as conseqüências de constroir o novo hotel onde o estám a constroir só podem ser negativas; de um ponto de vista ambiental e paisagístico, e também de um ponto de vista patrimonial. É restaurar um problema que se poderia ter corrigido. O tapom urbanístico que tapava um ângulo estratégico da costa e ocultava o emblema do nosso povo, o castelo, podia ser removido. Mas García Seoane espera secretamente algumha contrapartida ou benefício desta operaçom: Qual será? Algumha cousa tem em jogo o Presidente da Câmara para tomar partido a favor de interesses particulares tam paladinamente.


Ramiro Vidal Alvarinho
Presidente de Santa Cruz Aberta ao Mar

sábado, 7 de xaneiro de 2017

Santa Cruz Aberta ao Mar perante as cínicas declaraçons de García Seoane a respeito da parcela da Solana na Corunha


Santa Cruz Aberta ao Mar acolhe com surpresa as declaraçons de ÁngelGarcía Seoane a respeito do futuro da finca da Solana na Corunha, segundo as quais o regedor do Concelho de Oleiros exige “como corunhês” que tal parcela passe a maos municipais, frente as pretensons da Autoridade Portuária. Evidentemente, Santa Cruz Aberta ao Mar acredita na prevalência do bem comum perante a propriedade privada, e conseqüentemente com isso acha legítimas as reivindicaçons tanto do movimento popular no concelho vizinho como da equipa de governo da Corunha a respeito da Solana. Porém, consideramos umha burla que apareçam estas declaraçons do mandatário municipal oleirês na imprensa local depois de durante dous anos dar mostras de umha atitude radicalmente contrária ao que predica com respeito a este assunto.


 
Queremos recordar que Santa Cruz Aberta ao Mar durante dous anos também reivindicou que umha parte de terreno ganhado ao mar, sobre o que outrora se levantava o prédio do antigo Hotel Maxi, passasse a maos públicas, umha reivindicaçom que o senhor García Seoane chegou a qualificar de “inmoral”. A guerra suja à que fomos submetidos por defender o que defendiamos chegou aos extremos do insulto pessoal e a difamaçom. A cólera irracional com a que o Presidente da Câmara reagia às nossas reivindicaçons chegava ao seu ponto álgido de surrealismo quando empatizava até a lágrima com o proprietário do terreno, afirmando que o estávamos a submeter a um “calvário”.

Todo o que nós reivindicávamos era que se modificasse pontualmente o Plano de Ordenamento Municipal para que nessa parcela nom se puidesse constroir, e que se habilitasse para algum uso público, que se adquirisse mediante compra ou permuta, duas vias perfeitamente legais e factíveis. O governo municipal em nengum momento quixo considerar essas possíveis vias de soluçom e a dia de hoje está-se constroindo no ángulo mais estratégico da costa de Santa Cruz um prédio de 18,50 metros de alto, destinado a aparthotel.

Pontificar em casa alheia sobre o que nom se fai em casa própria é cínico, hipócrita, demagógico e umha falta de respeito (mais umha) a todas as pessoas vizinhas de Oleiros ou nom que se pronunciarom em contra do projeto do novo Maxi e pola preservaçom da costa. Além disso, é umha ingerência em assuntos que nom som competência da Câmara Municipal de Oleiros e um intento patético de alicionar aos movimentos sociais da Corunha, que som os que tenhem que levar a cabeça das reivindicaçons a respeito da Solana e de outros espaços da cidade herculina a recuperar.

Recomendamos-lhe ao Presidente da Câmara Municipal de Oleiros que deixe de intentar sentar cátedra mais aló dos limites do seu município e que seja mais auto-crítico. E, sobre tudo, que nom perda as oportunidades de realizar “como oleirês” o que postula “como corunhês”, nom vaia ser que a pretensa “singularidade” do projeto que lidera se mantenha a base de incoerência. Nom há mais que ver as últimas atuaçons urbanísticas da Câmara Municipal de Oleiros para dar-se conta de que há um modelo que se esgota e que deriva cara tudo o contrário dos princípios nos que dizia basear-se.